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Pesquisa analisa o mercado de mobile e dem-commerce no Brasil
Realizada
pela Hi-Midia em parceria com a
M.Sense, pesquisa sobre mobile e m-commerce no país aponta que noventa e três
por cento dos entrevistados que possuem dispositivos móveis usam os aparelhos
para buscar informações sobre produtos e serviços
Para entender melhor os hábitos do consumidor móvel
online, a Hi-Mídia, empresa de
mídia online especializada em segmentação e performance, e a M.Sense,
especialista em estudos sobre o mercado digital, realizaram uma série de
pesquisas sobre o mercado mobile no Brasil. Foram ouvidas 1.796 pessoas das
cinco regiões do país, entre maio e junho de 2012. Dos entrevistados, 45%
possuem smartphones e 16% possuem tablets. Do total, 72% são
homens, divididos em classe A (28%), classe B (60%) e classe C (28%). A maioria
mora na região Sudeste (60%) e tem entre 30 e 39 anos (34%).
M-Commerce
O
m-commerce, o comércio eletrônico móvel, nunca esteve tão em alta no Brasil. As
vendas online feitas por meio de aparelhos móveis devem apresentar um
crescimento expressivo no país nos próximos meses – a estimativa é que esse
segmento movimente cerca de R$ 2 bilhões de reais em 2013, contra os R$ 132
milhões alcançados no primeiro semestre de 2012, segundo a Câmara Brasileira de
Comércio Eletrônico.
A
pesquisa aponta que um em cada três usuários de smartphone ou tablet
já realizou compras usando seus dispositivos móveis, número bastante
significativo se levarmos em conta que se trata de um mercado bastante jovem.
Já 93% dos entrevistados disseram buscar informações e indicações sobre
produtos e serviços via dispositivos móveis. Além disso, 87% dos entrevistados
já desistiram de uma compra dentro de uma loja física por causa de uma
informação buscada via dispositivo.
Julien
Turri, CEO da Hi-Mídia, afirma que a fonte
de informação ainda não é necessariamente o canal de vendas. “Os smartphones
e tablets são hoje ferramentas poderosas de consulta e embasamento para
tomada de decisão de compra, mas ainda não são necessariamente o canal de
compra. O m-commerce está em franca expansão, mas acreditamos que será algo
complementar ao e-commerce e não que o substituirá”, diz. A pesquisa revelou
que apesar de buscarem informações via tablets e smartphones, 73%
dos entrevistados ainda preferem finalizar a compra no computador e 13% na loja
física.
O
estudo mostrou ainda que a segurança é um ponto importante na finalização de
compras via dispositivos móveis. A maioria dos entrevistados revelou ter receio
ao digitar o número do cartão de crédito em smartphones e tablets.
O tamanho da tela também foi apontado como uma barreira para compras móveis. A
melhoria na percepção dos serviços de internet móvel e novas tecnologias podem
estimular ainda mais esta modalidade de compra.
Para
Bruno Maletta, sócio da M.Sense e responsável pela pesquisa, a experiência de
compra é diferente dos demais canais e deve ser explorada pelas empresas.
“Quando bem utilizado, o m-commerce pode oferecer uma experiência de compra
bastante sofisticada, via games ou aplicativos, tornando o processo mais
divertido e atrativo”, diz. O uso da geolocalização para busca de pontos de
venda (64%), recursos fotográficos (56%), comparadores de preço (39%) e
leitores de código de barra (21%) já fazem parte do hábito de compra de grande
parte dos usuários de internet móvel.
Aplicativos
Outro
ponto importante da pesquisa foi a quantidade de aparelhos com aplicativos para
ler QR Code: 39%. Este número permite ações de marketing e vendas usando este
tipo de tecnologia. Entre os produtos já comprados pelos usuários móveis estão
eletrônicos e informática (61%), ingressos (44%), eletrodomésticos (39%),
conteúdo (38%) e CDs, DVDs e Blu-Ray (36%). As principais categorias não
diferem significativamente das compras pelo e-commerce.
De
acordo com a ABI Research, foram baixados nove bilhões de aplicativos em 2010 e
29 bilhões em 2011, um crescimento de 222%. O estudo constatou que, entre os
45% dos entrevistados que possuem smartphones e os 16% que têm tablets,
a média de aplicativos instalados nos aparelhos é de 16, sendo que 13 são
gratuitos e apenas 3 pagos. Desses 16 aplicativos, 6 foram instalados nos
últimos 30 dias, o que comprova o franco crescimento e dinamismo do mercado no
país.
Segundo
Julien Turri, esses números mostram uma tendência importante que não pode ser
ignorada pelos anunciantes. “Os potenciais clientes estão mudando sua forma de
consumir conteúdo e a publicidade precisa se adaptar a isso. Hoje já é possível
fazer publicidade com foco em aplicativos com formatos atrativos e integrados
que impactarão um público específico e interessado no produto do anunciante”, diz.
Planos
de dados
Apesar
do alto índice de compras online via smartphones e tablets e do
crescimento significativo do uso de aplicativos, é baixo o número de usuários
com planos pós-pagos com serviço de dados no Brasil – apenas 36% dos usuários
de smartphones e 21% dos que possuem tablets.
Apesar
de 90% dos usuários estarem conectados, a pesquisa revelou que grande parte dos
usuários dribla os custos dos planos pós-pagos com acesso apenas em conexões
wi-fi, sendo que a proporção é maior no caso dos tablets (47%) do que
nos smartphones (19%). Promoções e tarifas pré-pagas são as outras
opções encontradas para 34% dos usuários de smartphones e 19% dos
usuários de tablets.
Além
disso, para 71% dos usuários não existe distinção entre os serviços das
operadoras, o que resulta em um baixo grau de fidelização. Dos entrevistados,
56% não teriam dúvida e 33% provavelmente trocariam de operadora se o
concorrente oferecer serviços melhores. A qualidade dos serviços está
diretamente relacionada com a velocidade de conexão, preço e atendimento. Se os
entrevistados pudessem optar por uma melhoria, 32% escolheriam a internet mais
rápida, 29% optariam por preços mais baixos para os planos de dados e 10%
gostariam de melhor atendimento ao cliente.
“Apesar
da percepção de falta de distinção nos serviços e desconfiança do consumidor,
as operadoras devem ver isso como oportunidade. A melhoria nos serviços hoje e
a apresentação e comunicação de um diferencial poderiam atrair os clientes da
concorrência.” afirma Julien Turri.
Segundo
Bruno Maletta, o crescimento rápido da base de usuários pode dificultar a
percepção de melhoria nos serviços. “Apesar dos investimentos, o número de
usuários de internet móvel cresce no Brasil, aumentando cada vez mais a demanda
pelo serviço. O serviço precisa atender os atuais clientes e estar preparado
para os novos consumidores e para as novas tecnologias”.
Fundada em 2005, faz parte da holding digital
do Grupo RBS desde maio de 2011. Com 100 funcionários, possui sede no Rio de
Janeiro e escritório comercial em São Paulo. Especializada em venda de mídia
online, é focada em segmentação e performance. É a maior rede de verticais do
Brasil, com 450 sites, e possui mais de 25 mil parceiros de mídia de
performance. A ad network atende mais de 300 agências de publicidade no Brasil.
Recentemente, criou uma área de inteligência, em parceria com a M.Sense, para
desenvolver estudos sobre o mercado digital, seus usuários e sua relação com as
marcas.
Sobre a holding digital do Grupo RBS
Com sede em São Paulo, a holding digital do
Grupo RBS, criada em setembro de 2011, concentra seus investimentos em três
áreas de atuação: mídia digital, e-commerce segmentado e mobile. Já fazem parte
da holding as empresas Grupo.Mobi, Hi-Mídia, Guia da Semana, ObaOba, Predicta,
Hagah e Wine. Está em fase de aquisição de novos ativos para fortalecer a
atuação nos segmentos.
Outubro/2012
In Press Porter Novelli Assessoria de
Comunicação
Mais informações:
Daiane Leide
Hebe Veiga
Planeta Celular telefonia celular, tecnologia e mobilidade.
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