terça-feira, junho 12, 2007

Ex-atletas trabalham nos bastidores dos XV Jogos Pan-americanos Rio 2007

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O Comitê Organizador dos XV Jogos Pan-americanos Rio 2007 (CO-RIO) é integrado por gente que conhece o esporte por dentro. E não é só a cúpula, formada pelo Presidente do CO-RIO e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, que foi atleta olímpico no voleibol; o Vice-Presidente André Richer, que é ex-atleta do Remo; e João Havelange, membro do Conselho Executivo, que foi nadador e jogador de pólo aquático. Assim como eles, mais 18 funcionários do CO-RIO estiveram do outro lado da organização de eventos esportivos, disputando medalhas para o Brasil.
É natural que a área funcional com o maior número de ex-atletas seja a de Esportes. Comandado pelo ex-meio-fundista Agberto Guimarães, dono de cinco medalhas em Jogos Pan-americanos (incluindo ouro nos 800m e nos 1500m em Caracas 1983), o setor responsável pela parte técnica dos Jogos conta ainda com mais sete ex-atletas, entre eles o ex-nadador Ricardo Prado.

“Nós, que sempre quisemos ser perfeitos no esporte, queremos ser perfeitos aqui também, com a mesma perseverança, luta e determinação que tínhamos para ultrapassar obstáculos. Na minha vida de atleta fui cobrado por isso todos os dias. E aqui também enfrento essa cobrança”, explica Prado, gerente de Políticas e Operações Esportivas, que ganhou sete medalhas em Jogos Pan-americanos, incluindo o ouro nos 200m medley e nos 400m medley em Caracas 1983, além da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles
1984.

Prado gerencia a área responsável por aparelhar todos os locais de competição e cuidar da organização do treinamento dos atletas. “Tudo que diz respeito a equipamentos esportivos, como redes, traves, raias e bolinhas, entre outros materiais, somos nós que selecionamos, compramos e entregamos. Além disso, somos responsáveis pela supervisão do treinamento dos atletas, gerenciando locais, horários e sua execução”, explica Prado.

O ex-judoca Sebástian Pereira, gerente de Competição Esportiva, acredita que ter participado de outros Jogos ajuda muito o ex-atleta na hora de organizar as competições. “A experiência como atleta possibilita saber no que cada comitê organizador acertou e errou. Assim, é possível evitar muitas falhas. A diferença é que no tatame a vitória só dependia do meu desempenho. Agora, trabalho em equipe”, comenta o medalhista de bronze nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg 1999.

Mas não é só na área de Esportes que os ex-atletas marcam presença. Ricardo Trade, o Baka, foi goleiro da seleção brasileira de Handebol de 1976 a 1980. Hoje, enfrenta um grande desafio no CO-RIO: é gerente-geral de Serviços dos Jogos. Entre as funções da equipe de Baka estão as de transportar, hospedar e fornecer alimentação para atletas, árbitros e dirigentes, e dar suporte ao trabalho dos jornalistas credenciados.

Além da experiência de jogador de handebol, Baka fez carreira como preparador físico – chegou a participar dos Jogos Olímpicos de Seul 1988, integrando a comissão técnica do voleibol masculino. “Sei do que um atleta precisa e da importância dos detalhes da organização porque vivi o outro lado, fui um cliente”, explica Baka.

Paula Hernandez, gerente de Voluntários, disputou os Jogos Olímpicos de Moscou 1980 como jogadora de voleibol. Lesões nos dois joelhos fizeram com que Paula deixasse as quadras aos 22 anos. Com o trabalho no COB e, em seguida, no CO-RIO, ela retomou o contato com o esporte. “Quando parei de jogar, fiquei 20 anos atuando como jornalista. Eu tinha o sonho de trabalhar novamente com o esporte. Há cinco anos vim para o COB. Entrei para o Departamento Técnico, mas comecei a ajudar na área de Voluntários e me apaixonei pelo assunto”, conta.

Em 1972, a então nadadora Christiane Paquelet representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Munique. Ela lembra que, naquela época, as opções de lazer na vila dos atletas eram limitadas. Agora, como gerente-geral de Cultura do CO-RIO, entre os seus projetos, está a elaboração de uma programação cultural na Vila Pan americana. “A idéia é que os atletas desfrutem de um cinema e de uma grade de shows na própria Vila, o que certamente será mais um diferencial no RIO 2007”, conta.

Medalha de bronze nos 4x100m livre e 4x100m medley nos Jogos Pan-americanos da Cidade do México 1975, Christiane é formada em Museologia. Ela também aplica sua experiência de dez anos à frente da área cultural do Comitê Olímpico Brasileiro para assessorar a equipe responsável pelas Cerimônias de Abertura e de Encerramento dos Jogos. “Graças à minha vivência, entendo do protocolo esportivo e conheço bem a cultura pan-americana”, ressalta.

A pouco mais de um mês para o início dos Jogos, os ex-atletas já se sentem como na época em que competiam. “É como se eu estivesse concentrado para lutar”, compara o ex-judoca Sebástian Pereira. Que venham os desafios.


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